Texto feito no dia 12/03/2008 Goiânia. Aluna dos colégio estadual Jardim Guanabara.
Inimigas
As duas eram grandes inimigas. Inimigas de infância. Inimigas de adolescência. Inimigas de primeiras aventuras. Inimigas de se verem todos os dias. Até mais ou menos uns 26 anos. Ai, por uma destas coisas da vida. E como a vida tem coisas! Passaram muitos anos sem se ver. Até que um dia... Um dia se cruzaram na rua. Cada uma em uma direção. As duas se olharam, caminharam mais alguns passos se viraram ao mesmo tempo, como se fosse coreografado. Tinham-se reconhecido.
-Eu não acredito!
-Não pode ser!
Começaram a rir uma da outra. Foi um riso demorado e humilhante. Deram-se tantos tapas nas costas quanto tinham sido os anos de separação.
-Deixa eu te ver! -Estamos ai!
-Mas, você está gorda!
-Pois é. Mas não é gordura.
- É o que?
- É excesso de gostosura.
- E você magrela desse jeito?
- Se foi aquele corpinho. E aquela barriguinha de tanquinho?
- Se foi...
-Fazia um sucesso. -Pois é.
- Era uma barriga de enlouquecer qualquer homem.
-Puxa deixa eu ver atrás.
Ela se virou.
-Nossa como você está reta atrás, completamente reta!
- E você?
- Espera ai, estou magra.
-Mas e essa perna fina?
- Ta querendo ser modelo?
- Não.
-Porque com essa cara enrugada não vira modelo nem de brechó.
- Você era bonitinha, hein? Fazia sucesso.
- Faz o que? 26 anos?
-Você mudou muito.
- Você também. - Você acha?
- Sua opinião não me interessa.
- Sua gorda.
- Sua magrela.
- Se eu fosse você fazia uma lipo.
- E você comia mais, horrorosa.
- Chega, não vou ficar aqui ouvindo minha pior inimiga falando.
- Faça-me o favor.
- Saia da minha frente!
Com tudo isso que aconteceu, elas se amadureceram e se abraçaram alegremente. Amigas para o resto da vida.
Inimigas
As duas eram grandes inimigas. Inimigas de infância. Inimigas de adolescência. Inimigas de primeiras aventuras. Inimigas de se verem todos os dias. Até mais ou menos uns 26 anos. Ai, por uma destas coisas da vida. E como a vida tem coisas! Passaram muitos anos sem se ver. Até que um dia... Um dia se cruzaram na rua. Cada uma em uma direção. As duas se olharam, caminharam mais alguns passos se viraram ao mesmo tempo, como se fosse coreografado. Tinham-se reconhecido.
-Eu não acredito!
-Não pode ser!
Começaram a rir uma da outra. Foi um riso demorado e humilhante. Deram-se tantos tapas nas costas quanto tinham sido os anos de separação.
-Deixa eu te ver! -Estamos ai!
-Mas, você está gorda!
-Pois é. Mas não é gordura.
- É o que?
- É excesso de gostosura.
- E você magrela desse jeito?
- Se foi aquele corpinho. E aquela barriguinha de tanquinho?
- Se foi...
-Fazia um sucesso. -Pois é.
- Era uma barriga de enlouquecer qualquer homem.
-Puxa deixa eu ver atrás.
Ela se virou.
-Nossa como você está reta atrás, completamente reta!
- E você?
- Espera ai, estou magra.
-Mas e essa perna fina?
- Ta querendo ser modelo?
- Não.
-Porque com essa cara enrugada não vira modelo nem de brechó.
- Você era bonitinha, hein? Fazia sucesso.
- Faz o que? 26 anos?
-Você mudou muito.
- Você também. - Você acha?
- Sua opinião não me interessa.
- Sua gorda.
- Sua magrela.
- Se eu fosse você fazia uma lipo.
- E você comia mais, horrorosa.
- Chega, não vou ficar aqui ouvindo minha pior inimiga falando.
- Faça-me o favor.
- Saia da minha frente!
Com tudo isso que aconteceu, elas se amadureceram e se abraçaram alegremente. Amigas para o resto da vida.
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